A teoria da impossibilidade
“Não vou ser o Chefe do Executivo de Macau.” O antigo secretário chefe do Governo de Hong Kong, Rafael Hui Si-yan, refutou este fim-de-semana estar interessado em ser o sucessor de Edmund Ho na liderança do Governo da RAEM.
As declarações de Rafael Hui foram feitas à imprensa em língua chinesa de Macau, depois de os jornais de Hong Kong terem, no passado mês de Dezembro, colocado a possibilidade de Rafael Hui, actual membro do Conselho Executivo de Hong Kong, ser um dos nomes pensados por Pequim para a RAEM.
Confrontado com a hipótese, Rafael Hui disse ser “impossível”, palavra que utilizou por diversas vezes na breve entrevista que concedeu à imprensa de Macau. “Mas acredita no que dizem os jornais de Hong Kong?”, respondeu ainda ao jornalista autor da questão.
O membro do Conselho Executivo de Hong Kong deixou o cargo de secretário chefe da Administração da antiga colónia britânica no ano passado. A possibilidade de poder vir a ser o sucessor de Edmund Ho no Governo de Macau surgiu depois da crise desencadeada pelo caso Ao Man Long. No entanto, este cenário nunca foi encarado com credibilidade nos círculos político e empresarial de Hong Kong.
Hui foi recentemente nomeado para o Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC). Este fim-de-semana, esteve em Zhuhai onde decorreu um encontro dos membros da CCPPC com as autoridades de Pequim. As perguntas dos jornalistas de Macau foram colocadas durante a pausa para o almoço na cidade chinesa.
O antigo número dois do Executivo de Hong Kong disse não ter mantido qualquer conversa com o Governo Central no sentido da apresentação de uma candidatura a Macau. O facto de ter ligações familiares ao território não faz com que o cenário seja, sequer, traçado pelo político. “É impossível, impossível”, reiterou.
O avô materno de Rafael Hui é Chui Lok Chee, um empresário de Macau de grande sucesso. O tio materno, Chui Lok Kei, foi o fundador do Banco Seng Heng e desempenhou funções políticas de topo ao lado de Ho Yin, pai de Edmund Ho.
O nome de Rafael Hui surgiu, pela primeira vez, como possível sucessor de Edmund Ho, no passado dia 3 de Dezembro, num artigo do Apple Daily. O jornal de Hong Kong baseava a sua tese no facto de o antigo secretário chefe ter ligações familiares a Macau e em rumores do círculo político local.
A notícia de que Rafael Hui é uma hipótese a não ter em consideração surge poucos dias depois de o jornal Va Kio ter lançado o debate em torno da sucessão de Edmund Ho. Na semana passada, e como o Tai Chung Pou deu conta, Ng Chan, a mais influente articulista da imprensa local, publicou um artigo em que explorou os diferentes nomes que podem vir a ocupar o mais alto cargo político da RAEM.
O empresário Ho Iat Seng e o procurador da RAEM, Ho Chio Meng, são as duas personalidades de Macau que apresentam características para poderem vir a ser escolhidos para a liderança dos destinos políticos de Macau. No entanto, têm ambas condicionalismos que poderão ser difíceis de contornar. Quando falta pouco mais de um ano para as eleições, e sem ninguém ter demonstrado ainda publicamente vontade de se candidatar, o assunto continua, no entanto e por enquanto, no domínio da mera especulação política. Como parece ser o caso de Rafael Hui, o homem que diz não querer ser Chefe do Executivo de Macau.
O político de Hong Kong com família em Macau
Membro do Conselho Executivo de Hong Kong, Rafael Hui ingressou na Função Pública em 1970. Depois da demissão de Tung Chee-hua, já sob a liderança de Donald Tsang, Hui assumiu o cargo de secretário chefe da Administração, passando assim a ser o número dois do Governo de Hong Kong. No entanto, esteve no cargo apenas dois anos, não tendo acompanhado o Chefe do Executivo da RAEHK no seu segundo mandato.
Numa entrevista a uma publicação de deputados pró-democratas de Hong Kong, quando anunciou que não pretendia continuar a desempenhar funções no Governo de Tsang, Rafael Hui afirmou que ponderava sair de Hong Kong. “A minha mãe tem propriedades em Macau e posso voltar para lá depois de me reformar”, disse.
A ligação do político a Macau era desconhecida até ao primeiro encontro entre o Chefe do Executivo da RAEM e o seu homólogo de Hong Kong, Tung Chee-hua, em 1999. A imprensa da antiga colónia britânica descobriu que a mãe de Rafael Hui pertence à família Chui, sendo que o actual membro do Conselho Executivo é próximo de Edmund Ho desde a infância.
A teoria do Apple Daily baseava-se nas relações familiares de Rafael Hui mas não só: a experiência e capacidade ao serviço da Administração, bem como a sua extensa rede de relações pessoais, faziam com que fosse entendido como “o candidato mais competitivo” para o Executivo de Macau.
A imprensa de Hong Kong especulou também sobre a possibilidade de Hui ser nomeado membro do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês por Macau, mas a teoria não se comprovou. Foi escolhido para organismo consultivo máximo do país, mas sim por Hong Kong, onde continua a desempenhar funções de carácter político.
Julgamento de familiares de Ao Man Long retomado hoje
É hoje retomado, no Tribunal Judicial de Base (TJB), o julgamento do processo conexo ao do antigo secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long, condenado no final do mês passado a 27 anos de prisão por crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais.Depois de uma pausa devido às férias judiciais, por altura do Ano Novo chinês, o colectivo presidido pela juíza Alice Costa deverá continuar a ouvir as testemunhas arroladas pela acusação. Durante a audiência marcada para hoje deverão ser inquiridas testemunhas que trabalham na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, bem como funcionários do Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas (GDI).
Recorde-se que são arguidos neste processo o pai, irmão, cunhada e mulher de Ao Man Long (esta última a ser julgada à revelia e procurada pelas autoridades policiais internacionais), bem como os empresários Frederico Nolasco da Silva, Ho Meng Fai (também em parte incerta) e Chan Tong Sang. Os familiares do antigo secretário são acusados de o terem ajudado a abrir contas bancárias fora de Macau, num processo de branqueamento de capitais. Os empresários respondem também por corrupção passiva, sendo Ho Meng Fai o arguido com um maior número de crimes desta tipologia.
O proprietário da empresa Sam Meng Fai admitiu, em declarações prestadas durante a fase de investigação e lidas já durante o corrente julgamento, ter feito pagamentos a Ao Man Long, que os exigiu a troco de recomendações feitas a investidores estrangeiros. O empresário refutou, contudo, ter pago qualquer valor ao ex-secretário para ser beneficiado em concursos de adjudicação de obras públicas - a maioria dos projectos mencionados na acusação.
A versão dos acontecimentos apresentada em tribunal por Frederico Nolasco da Silva coincide, de modo geral, com o testemunho de Ho Meng Fai. O administrador da CSR – Companhia de Resíduos de Macau admitiu, logo no início do julgamento, ter feito pagamentos a Ao Man Long e disse ter consciência de que a prática era ilegal. Nolasco da Silva frisou, no entanto, que só o fez porque o ex-secretário o pressionou nesse sentido, pelo que o empresário temeu consequências para a sua empresa e os seus 400 trabalhadores.
De um modo geral, as testemunhas ouvidas até ao momento no TJB – muitas delas tinham já prestado depoimento no processo do ex-secretário – afirmaram que os resultados dos concursos públicos eram alterados por indicações superiores. Resta agora ouvir as declarações dos funcionários do GDI que, no processo do Tribunal de Última Instância, apresentaram uma versão completamente distinta da forma como decorriam os processos de adjudicação – sem ilegalidades, segundo disseram os vários técnicos e responsáveis que testemunharam na altura.
Quanto aos familiares, pai, irmão e cunhada disseram no TJB desconhecer os fins para os quais se destinavam as contas bancárias abertas em Hong Kong e no Reino Unido. São os únicos três arguidos que se encontram em prisão preventiva.
Isabel Castro
Aos sábados e domingos “não falhava”. O mestre José Martins Achiam deslocava-se propositadamente de Hong Kong até Macau para conduzir treinos de karatedo. Eram sessões árduas que duravam cinco longas horas, sem espaço para diversões. Corriam os anos 1960. Naqueles tempos, não havia dojos, quimonos ou tatamis. Com ou sem tecto, fizesse chuva ou sol, frio ou calor, nada interrompia as aulas.
Karatedo era sinónimo de dureza e austeridade. As dores que sobravam das sessões de exercício físico ainda estão bem vivas na memória de Fernando Bastos e dos seus companheiros. “Tínhamos treinos no Seminário de São José. Trazíamos os músculos das pernas tão inchados que nos custava a descer a rampa”, recorda o antigo pupilo do mestre Achiam.
As dores são, no entanto, fugazes. É com saudade e carinho que se fala daquela época. Sentado à mesa com o mestre e alguns antigos companheiros de dojo, Fernando Bastos recorda com alegria as histórias e aventuras que lhe marcaram a juventude. Durante décadas, o karatedo representou para várias gerações de macaenses e portugueses residentes no território mais do que uma arte marcial - foi uma verdadeira escola de vida.
Para não deixar morrer tanto a arte como as recordações, foi recentemente criada a Associação de Karatedo dos Veteranos de Seigo Tada de Macau. A organização de carácter sócio-cultural é formada por cerca de uma centena e meia de elementos que, na verdade, são uma família que foi crescendo à medida que José Martins Achiam foi coleccionando alunos.
“São karatecas reformados que foram praticantes do mestre Achiam. Por razões pessoais deixaram de praticar. Por isso, pensaram formar esta associação para voltar a juntar a família”, explica o secretário-geral da Federação de Karatedo de Macau e membro da nova organização, Daniel Ferreira.
O projecto da associação nasceu em 2005, mas foi apenas no ano passado que os veteranos decidiram “levar a ideia a sério”, conta o mesmo responsável. O período serviu para “deixar a ideia amadurecer”. Primeiro, foi preciso receber a bênção do mestre Achiam e a autorização de utilização do título Seigo Tada da parte das autoridades desportivas japonesas. Só depois, em meados do ano passado, se decidiu avançar.
São dois os objectivos da estrutura associativa: além de organizar actividades sócio-culturais, os membros têm a missão de promover a arte marcial junto das camadas jovens. Os veteranos ficam assim responsáveis por ministrar treinos onde os mais pequenos aprendem os movimentos básicos. “A idade já não perdoa”, brinca Fernando Bastos, também secretário da direcção da nova associação. É que, para fazer parte do grupo, é preciso ter completado pelo menos 38 primaveras.
Ser veterano de karatedo em Macau é algo mais do que uma mera soma de anos. Além do mestre em comum, este grupo de karatecas partilha um espírito e uma época próprios.
Nos anos 1960, os treinos de José Martins Achiam eram apenas extensíveis a jovens macaenses, portugueses e militares em serviço em Macau. Os pupilos começavam a aprender os primeiros movimentos já quase homens feitos, com 15 ou 16 anos.
Dentro das aulas, quem mandava era o mestre, independentemente das patentes militares. “Eu costumava dizer: aqui quem manda sou eu. Quem se ria tinha logo que fazer flexões”, recorda com um sorriso José Martins Achiam, também presidente da Federação de Karatedo de Macau.
“O nosso treino de karatedo era mais severo do que na recruta militar. Saíamos do ginásio com os pés cheios de bolhas, esfregávamos no soalho na rua e ficavam em carne viva”, assinala Fernando Bastos. “Eu quase que matava os moços”, acrescenta, entre risos, o mestre. Cada aula era uma aventura.
“Uma vez levantámo-nos às 5h00 para ir treinar para Coloane. Fomos a correr semi-nus até Cheok Va. Lá fizemos exercícios dentro de água, com a temperatura a rondar os dois graus Célsius. Houve um que ia morrendo. Era o mais fraquinho, tivemos que lhe dar saqué, para recuperar os sentidos”, conta o secretário da Associação dos Veteranos.
“Estava lá um polícia todo encasacado que olhava e dizia: Esta malta é maluca!”, completa José Martins Achiam. “Para ser um bom karateca é preciso ser maluco. Tal e qual como eu”, exclama.
São tempos que já não voltam. Tempos em que o ensino do karatedo era feito com base na arte marcial, como forma de defesa a um ataque. “Hoje, já segue os parâmetros de uma modalidade desportiva. Os treinos são mais suaves”, explica o secretário-geral da Federação de Karatedo de Macau e membro da nova associação de Veteranos, Daniel Ferreira.
Durante muitos anos, as aulas do mestre serviram de iniciação ao serviço militar. Depois de se experimentar os métodos rigorosos de José Martins Achiam, a recruta parecia um campo de férias.
“Quem treinava karatedo era dispensado do exercício físico e das lutas corpo a corpo”, sublinha Alberto Francisco, membro da Associação de Veteranos. “Os oficiais não queriam que participássemos nestas actividades”, acrescenta.
Quando José Martins Achiam introduziu o karatedo no território, esta arte marcial era proibida por lei, ditavam as regras do regime de Salazar. “Em todos os treinos que dava no seminário de São José vinha sempre a polícia de investigação”, nota. A administração portuguesa receava que se estivesse ali a formar um “bando de malfeitores”. Uma ideia que se desvaneceu quando as autoridades conheceram o método de ensino do mestre. “Num grupo de cerca de 100 alunos, não se podia ouvir uma mosca a voar. Quem falava era só eu”, frisa. Tanto que o karatedo recebeu o aval do Governador pouco tempo depois de José Martins Achiam começar a ministrar os primeiros treinos.
A arte marcial era pouco conhecida em Macau. Os jovens pupilos procuravam nos livros depois do horário da escola, mas só encontravam informações sobre jujitsu, conta Alfredo Francisco. “Após algumas aulas com o mestre, começámos a ver que o que fazia o James Bond nos filmes não era karate”, completa.
Actualmente, o karatedo é a modalidade que dá mais cartas nas competições desportivas internacionais. As portas do dojo abriram-se à comunidade chinesa e agora são milhares os praticantes desta arte marcial no território em todos os estilos. No total, existem 18 associações locais dedicadas a esta modalidade.
Os veteranos são os responsáveis pela defesa da presença em Macau dos ensinamentos do seu mestre-avô, o japonês Seigo Tada. “Somos todos uns carolas”, conclui José Martins Achiam a conversa à mesa. Para saber quem são estes karatecas basta ter atenção a um pormenor: na mão direita, no dedo anelar, trazem um anel de ouro com um punho fechado em relevo. O karatedo juntou-os no dojo e uniu-os para a vida.
Federação de Karatedo organiza torneio no próximo mês
A Federação de Karatedo de Macau vai organizar um torneio aberto no próximo mês. A data e o local do evento estão ainda por confirmar, segundo avançou ao Tai Chung Pou o secretário-geral da organização desportiva, Daniel Ferreira. Esta iniciativa tem como objectivo encontrar novos talentos para representar a selecção da RAEM nas competições internacionais.
O karatedo é das modalidades que mais troféus tem conquistado além fronteiras. Embora não existam lutadores profissionais no território, no ano passado, o Governo abriu um centro de formação com um espaço exclusivo para os atletas de competição.
No total, afirma o secretário-geral da Federação de Karatedo de Macau, existem cerca de 22 ginásios espalhados na região. “Em termos de conquista de medalhas ao nível do continente asiático, Macau está na terceira posição, com o Japão e o Irão a ocuparem o primeiro e o segundo lugares, respectivamente”, informou o mesmo responsável.
A falta de atletas com categorias de peso mais elevadas é único problema que impede a selecção da RAEM de ir mais além. Hoje em dia, Macau dá cartas nos 50 quilos femininos e até nos 75 masculinos, mas não existem atletas que possam defender a fasquia dos 80 quilos.
Alunos e entusiastas é, no entanto, algo que não falta nos dojos do território. O karatedo é uma modalidade muito popular em Macau, reunindo sobretudo o apoio e interesse dos pais e encarregados de educação, explica Daniel Ferreira. “Este desporto promove não só a disciplina, mas também o respeito e a consideração pelo outro”, frisa.
O mestre de Macau
José Martins Achiam é um nome incontornável da história do karatedo em Macau. O “mestre”, como lhe chamam os seus antigos alunos, aparece referenciado na biografia de Seigo Tada, o japonês que popularizou o estilo Goju Ryu no Japão e no mundo. Este estilo da arte marcial japonesa desenvolveu-se no Brasil, Portugal, Canadá, Austrália e Estados Unidos sob influência do mestre Achiam. Em terras de Vera Cruz, por exemplo, o mestre Luís Pedruco foi discípulo do famoso karateca macaense.
Definindo-se como fanático pelo karatedo, o ponto de partida do mestre foi, no entanto, o judo. Sob orientação paterna, José Martins Achiam aprendeu os primeiros golpes da arte marcial ainda em Macau.
A falta de postos de trabalho na antiga cidade do nome de Deus obrigou-o a procurar emprego em Hong Kong. “Na altura, quando acabávamos o serviço militar, os jovens macaenses choravam porque sabiam que não iam conseguir emprego. Para um lugar na função pública, havia 50 candidatos”, recorda o também presidente da Federação de Karatedo de Macau.
Neste cenário, Hong Kong figurava-se como a terra das oportunidades. Foi lá, numa das praias da então colónia britânica, que José Martins Achiam encontrou Yukiaki Yoki, que mais tarde viria a ser o seu mestre. O japonês praticava movimentos que o jovem macaense e os amigos não conseguiam entender. “Ninguém sabia o que era o karate”, salienta. Contudo, o desconhecido fascinou-os.
“Pedimos-lhe para nos treinar, mas ele rejeitou várias vezes. Tanto insistimos que acabou por concordar”, nota.
Em 1965, a técnica denominada Seigokan foi oficialmente introduzida em Hong Kong. Um ano depois, José Martins Achiam, já graduado cinturão castanho, começou a ensinar o estilo Goju Ryu Seigokan ao primeiro grupo de amigos em Macau.
A austeridade, dureza e rigor eram as características do mestre dentro do dojo. “Comecei com 23 alunos e uma semana depois só restavam oito”, afirma. Ser duro é um dos princípios para se chegar à vitória, defende. “Durante sete anos, fui campeão em Hong Kong”, aponta.
Actualmente, José Martins Achiam tem 64 anos de idade e já só treina “uma ou duas vezes por mês”. No entanto, entre as quatro paredes do dojo, o bichinho do karatedo fala mais alto.
“Quando vou ao ginásio não consigo ficar parado e ver alguém a fazer asneiras. Tenho que me intrometer e mostrar como se fazem as coisas correctamente.”
Alexandra Lages
Fotografia: Carmo Correia
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